
A minha vida em Biologia e Geologia
Fotografia: Sofia Costa
Síntese de Proteínas
As proteínas diferem umas das outras no número, na sequência e no tipo de aminoácidos das suas cadeias polipeptídicas. Existem apenas quatro nucleótidos diferentes para codificar os cerca de 20 aminoácidos comuns a todos os seres vivos. As proteínas são formadas a partir de 20 aminoácidos diferentes.
Na molécula de DNA é possível delimitar vários segmentos- os genes. AA informação contida nos genes conduz à síntese de proteínas, as quais são responsáveis pelas características genéticas dos seres vivos. A alteração de um aminoácido nem sequência polipeptídica faz com que a proteína resulte diferente e poderá não ser apropriada para a função a que se destina. Como as informações básicas para a síntese proteica estão no DNA, terá de haver uma tradução da linguagem do DNA para a linguagem das proteínas, o que implica a existência de um código- código genético- e os símbolos desse código só podem se as bases dos nucleótidos.
A síntese de proteínas é um processo que envolve a participação de enzimas, ATP (fornece energia), RNAm, RNAt, DNA e ribossomas. Neste processo formam-se cadeias de aminoácidos com sequências determinadas pelos tripletos do DNA. O RNAm serve de intermediário entre o DNA e os ribossomas onde a síntese proteica se processa.
O fluxo de informação genética faz-se do DNA para o RNA mensageiro (transcrição) e deste para as proteínas (tradução). A passagem da linguagem nucleotídica do DNA à linguagem das proteicas tem três etapas:
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Transcrição da informação genética;
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Migração da informação genética do núcleo para o citoplasma;
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Tradução da mensagem em proteínas.
Nota:
A molécula do DNA é responsável pela síntese das proteínas, na qual intervêm as moléculas de RNAm (contém a mensagem para colocação dos aminoácidos no lugar certo), RNAt (transporta os aminácidos dispersos no citoplasma para o local de síntese), RNAr, enzimas, ATP e polissomas (servem de locais de síntese).
Transcrição- ocorre no núcleo; caracterizada pela formação de pré-RNAm a partir do DNA.
Maturação- ocorre no núcleo; caraterizada pela transformação do pré-RNAm em RNAm ativo.
Migração- ocorre no citoplasma; caracterizada por passagem do RNAm ativo do núcleo para o citoplasma.
Fonte:
Tradução- ocorre no citoplasma; caracterizada por tradução de um código numa proteína- subdivide-se em:
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Iniciação: reconhecimento do codão de iniciação e colocação do primeiro aminoácido;
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Alongamento: colocação e ligação de vários aminoácidos;
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Terminação: reconhecimento do codão de finalização e separação de todas as entidades intervenientes.
Fonte:
O processo representado na figura a cima, ocorre tanto nas células procarióticas como nas eucarióticas, é caracterizado por ser:
1. Um fenómeno complexo;
2. Um fenómeno rápido- uma célula eucariótica ( por exemplo, uma célula precursora de um glóbulo vermelho) junta 140 aminoácidos de uma cadeia de hemoglobina em dois ou três minutos;
3. Um fenómeno amplificado.
Nota:
O RNA mensageiro contém instruções codificadas para sintetizar proteínas. Os RNA ribossómico e transportador, no entanto, são indispensáveis à síntese proteica.
Código genético
Código genético é a relação existente entre as sequencias das bases do DNA (ou RNAm transcrito) e a sequencia de aminoácidos numa proteína. Os símbolos do código genético soa: T,A,C,G.
As suas características são:
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Cada aminoácido é codificado por um codão;
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Existência de codões terminais: UAA, UAG, UGA-
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O codão AUG é o codão iniciador de todas as cadeias polipeptídicas e especifica o aminoácido metionina.
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O código genético é reduntante, ou seja, existe mais do que um codão para codificar um aminoácido;
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O código genético é Universal: o significado de cada codão é o mesmo para a maioria dos organismos conhecidos;
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O código genético não é ambíguo, isto é, um determinado codão não codifica dois aminoácidos diferentes;
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Dos 64 codões, 61 especificam aminoacidos e três são codões de terminação (UAA, UAG, UGA).
Fonte:
Relembrar:
O código genético funciona como um dicionário que a celula utiliza quando se dá a expressão da informação genética através da síntese proteica.


